terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pó no Deserto

Vou a esmo e assim mesmo ao teu lado

Sei não por onde tu te esconde

Eu te olho de sobejo, não te vejo

Sem querer eu te quero, desespero

Por querer


Não de longe

Estou perto

Mas me sinto como pó no teu deserto


Remanesce o céu, o sol, o chão que eu piso

Pro céu pisar em mim

Permanecem na constante inconstância do instante

Ou instância do viver

Vai saber

Te encontro quando posso

Ou quando o nosso deus quiser


Quem me sabe já não viu

Sou poeira lá do alto

Atravesso o percal

Pro deserto que coberto pela areia

A tal mesma que é corrente em minha veia

E me faz

Já me fez

Te fará

Aquele um só

Ponto sem nó

Sem o perto

Sou você, pois mais um grão no teu deserto.

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